Santo do Pau oco
A expressão santo de pau já vem sendo usada a muito tempo. Tornou-se um hábito na linguagem coloquial e como não poderia ser diferente, tal expressão caiu no gosto do povo.
Sua origem vem desde o Brasil colônia e para quem não pagar impostos, esconder ou traficar ouro, as pessoas faziam um buraco por dentro dos santos domésticos, feitos de madeira, e os utilizavam para colocar o que queriam esconder. Pois, a Coroa Portuguesa costumava cobrar valores altíssimos sobre as pedras preciosas e o ouro. Passando com facilidade pelas vistorias que havia nas estradas.
A expressão generalizou-se para indicar quem parece ser uma coisa, mas é outra, geralmente escondem sua verdadeira opinião, sentimento, intenção, face e etc. Você já deve ter ouvido alguém a expressão “santinho(a) do pau oco”.
"É a ovelha negra da família"
A história dessa frase nasceu do milenar trabalho de pastoreio. Há em todo o rebanho há um animal diferente, arisco, difícil, que não acompanha os demais. Cuidando das ovelhas, protegendo-as dos lobos, providenciando-lhes os melhores pastos, o pastor não evita, porém, que uma delas se desgarre. É a "ovelha negra".
Na "Ilíada", de Homero (século IX a. C.) relata o sacrifício de uma ovelha negra como garantia do pacto celebrado entre Páris e Menelau, que resultou na guerra de Tróia. Mas ela não foi punida por mau comportamento. Como muitas ovelhas negras, era inocente. Por metáfora, a frase passou a ser aplicada nas famílias e em outras comunidades, a todos que não têm bom comportamento.
Muitas são as expressões que têm sido usadas ao longo dos séculos, eis a força da nossa cultura.
"O conhecimento sobre a origem dos termos não são identificados por muitos mas, sabe com certeza todos sabem seu significado. Na memória coletiva, é passado de pai para filho esses termos. O Brasil se revela através de muitas expressões que de certa forma acabam por preservar nossa identidade.
• A vaca vai pro brejo; Usa-se tal expressão quando as coisas não vão muito bem, sinal de problemas.
• Sem eira nem beira; Remete a informação de que se trata de alguém de origem pobre.
• Hora de a onça beber água; Momento propicio para abater o animal.
A vaca foi para o brejo: Durante o período de seca e quando esta é mais violenta, os animais saem à procura dos brejos, regiões que permanecem alagadas por mais tempo. É sinal de que a situação piorou.
Sem eira nem beira: A classe média portuguesa possuía casas com marquise que a protegia das chuvas. Chamava-se (eira). As classes ricas, não possuíam apenas eira, elas possuíam beira (desenhos arquitetônicos sobre as eiras). O sinal de pobreza era não possuir nenhuma uma nem outra.
Hora de a onça beber água: Horário em que o animal vai saciar a sua sede é ao anoitecer, e este torna-se o momento para abatê-lo. (segundo a tradição indígena).