
Mas, nos resta a Esperança...
O caso Isabella Nardone faz repensar o papel desempenhado pelos pais.(?)
Foi abalada a crença da proteção parental ou divina. Não resta dúvida que, existem distúrbios de comportamento que levam indivíduos a cometerem insanidades. No caso Isabella todos fomos invadidos pelo medo, ansiedade, diante das notícias deixando a todos estupefatos e profundamente sensibilizados com sua morte. E agora, paira a dúvida que antes não se pensava em ter quanto à responsabilidade pela prole, a crença saudável e quanto à estrutura da nossa personalidade.
”Sem a intenção de absolvê-la do ato hediondo, uma das poucas certezas em relação a abuso e maltrato infantil é que crianças abusadas ou violentadas podem se tornar adultos cruéis em relação às crianças. Pois em algum momento desse abuso uma cisão se forma e, nessa fresta alucinada, o comportamento anormal se solidifica”. Diz a psicóloga Márcia Atik.
Em noticiários foi citado o ciúme como protagonista do comportamento de Alexandre (o pai) em seus relacionamentos amorosos, esse sentimento que é a máscara do amor para a violência física ou psicológica.
Lembra-me do mito da maga Medeia que apaixonou-se por Jasão. E que mais tarde, ele apaixona-se por Glauce, abandonando-a. Inconformada, e como forma de punição àquele que a abandonou (Não num acesso de loucura, e sim num ato premeditado e frio de vingança.). Medeia estrangula os filhos que tivera com Jasão e presenteia a rival com um manto mágico que se incendiou ao ser vestido, matando-a. Situação esta que, hoje em dia, não se tolera nem mesmo em casos de patologias mentais.
As tragédias acontecem de repente? Deve haver aspectos prévios de crônica anunciada, sejam elas quais forem. É necessário que tenhamos uma visão mais criteriosa com nossos sentimentos e com as situações até então vividas e percebidas, não como indivíduos inseguros, incrédulos, desconfiados e assustados com o mundo surpreendente que nos cerca, mas, para não perdermos a tão abalada esperança que é primordial para as nossas vidas. Mas, não podemos deixá-la ser destruída, pois é A esperança que nos remete à luta pelo viver, ser, criar e brincar.
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