quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Melhor Prevenir impossível remediar...

Prevenção é o melhor remédio

A pesquisa do INCA sobre a distribuição dos tumores primários mais freqüentes, realizadas de 1999 a 2003, mostra que 30,96% dos casos de colo do útero foram diagnosticados no estádio inicial e 27,23% nos estádios avançados. Nesta situação, foram diagnosticados 70,67% e 40,94% em reto e próstata respectivamente. Quanto mais cedo diagnosticado o câncer, maiores as chances de cura, a sobrevida e a qualidade de vida do paciente.

É muito importante que a população em geral e principalmente os profissionais de saúde reconheçam os sinais de alarme para o câncer, como nódulos, febre contínua, feridas que não cicatrizam, indigestão constante e rouquidão crônica, antes dos sintomas que caracterizem lesões mais avançadas, como sangramento, obstrução de vias intestinais ou respiratórias e dor. Os principais sintomas do crescimento da próstata, segundo o urologista, são os de levantar várias vezes à noite para urinar, dificuldades no ato de urinar e dor à micção, que podem ocorrer nos casos benignos.

O câncer de próstata é silencioso, sem sinais evidentes a não ser em estágios mais avançados, quando já está infiltrado em órgãos adjacentes, ou quando suas metástases em ossos, pulmão fígado se manifestam. Um reforço nas ações de diagnóstico poderia, por exemplo, ajudar a reduzir o câncer de próstata, que, segundo a pesquisa, é detectado no estágio inicial apenas em 7% dos casos. Quando o diagnóstico do tumor primário é feito logo, 90% dos pacientes têm uma sobrevida maior que cinco anos. Já se for detectado tardiamente, essa proporção cai para a metade.

É imprescindível mais que necessário fazer o diagnóstico do câncer de próstata de forma precoce, realizar o exame clínico de toque retal associado ao exame que revela a dosagem PSA (sigla de antígeno prostático específico) no sangue. Estes exames podem determinar a realização de uma ultra-sonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível). A ultra-sonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de se realizar a biopsia prostática transretal. Estes exames devem ser realizados todos os anos, a partir dos 50 anos. Embora a incidência do câncer de próstata não vá diminuir, por estar ligado ao envelhecimento, o diagnóstico na fase inicial pode reduzir significativamente a mortalidade.



Fatores de risco


A idade é um fator de risco importante, ganhando um significado especial no câncer da próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumenta, após a idade de 50 anos. Histórico familiar de pai ou irmão com câncer da próstata, antes dos 50 anos de idade, pode aumentar o risco de câncer em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, não só pode ajudar a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas metabólicas.


O tratamento a moléstia

O tratamento do câncer da próstata depende do estágio clínico da doença. Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo uma observação vigilante podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática, o tratamento habitual é a hormônioterapia. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico.

Converse com um especialista sobre o câncer de próstata sem medo




Não seja vítima do preconceito, entenda como devem ser os cuidados e os tratamentos para curar o câncer de próstata.

Quando o urologista detecta um câncer de próstata, o primeiro esforço é saber se o tumor está localizado, avançado ou metastático. Se está situado internamente, recorre-se à cirurgia, à radioterapia externa ou à braquiterapia, que também é uma forma de radioterapia. Quando o tumor está avançado ou já existem metástases, o médico pode indicar o uso de hormônio e optar por fazer ou não a cirurgia e a radioterapia, dependendo de uma série de fatores.

  1. A primeira opção de tratamento é a cirurgia, feita através de uma incisão no abdome, abaixo do umbigo, pela qual a próstata é removida e com ela o tumor. O doente permanece no hospital por 4 ou 5 dias.
  2. A segunda opção de tratamento é a radioterapia externa é realizada através de múltiplas aplicações, uma por dia, de um feixe concentrado de irradiação que incide sobre a próstata. É um tratamento prolongado, que se estende por seis ou sete semanas, mas um pouco mais simples do que a cirurgia, já que não envolve internação, nem anestesia.
  3. A terceira opção de tratamento é a braquiterapia, que consiste na colocação de agulhas na próstata do doente mantido sob leve anestesia, através das quais são inseridas sementes radioativas dentro da glândula.



A cirurgia é a opção de tratamento mais agressiva, pois é uma intervenção complexa. A radioterapia e a braquiterapia são procedimentos mais simples, embora a próstata permaneça no organismo e possa apresentar uma recidiva do tumor, além de manifestações obstrutivas como a hiperplasia benigna. No caso do tratamento do câncer de próstata neste estado, a cirurgia pode acarretar impotência sexual por lesão dos feixes neurovasculares que passam ao lado da glândula, bem como incontinência urinária nos três primeiros meses. A opção radioterápica não leva à incontinência urinária, mas em alguns casos, pode causar algum déficit sobre a potência sexual.

No câncer de próstata, só é possível falar em cura, depois de 10 anos sem a doença. Quem sobrevive cinco anos, provavelmente está curado, mas é preciso esperar 10 anos para a alta definitiva. Quando o tumor está dentro da próstata, com a cirurgia há cura entre 85% e 90% dos pacientes. Se já saiu da glândula, a eficiência do tratamento cai muito. Com a aplicação de radioterapia e braquiterapia, 70% dos pacientes estão curados, depois de 10 anos. Com o tratamento cirúrgico, a doença pode reaparecer em 10% a 15% dos casos. Quando isto ocorre, o urologista pode lançar mão de medicações antitumorais ou hormonais que controlarão a doença por outro longo período, se ela for diagnosticada a tempo. Afirma o urologista Ricardo Felts de La Roca.



Hiperplasia o que é isso?


Deixe o preconceito de lado e reconheça a importância do urologista. Pesquisas apontam que de 80% a 90% dos homens apresentam crescimento benigno da próstata, a hiperplasia. A doença provoca transtornos urinários que podem comprometer a qualidade de vida do paciente. É comum estes pacientes levantarem várias vezes durante a noite e, no dia seguinte, acordam cansados e indispostos, apresentam jato urinário fraco e fino, queixam-se da freqüência aumentada de micções também durante o dia e de esvaziamento incompleto da bexiga. Este é um quadro prevalente, importante pelas conseqüências que acarretam à qualidade de vida do paciente.

O tratamento da hiperplasia é indicado para o paciente que apresenta os sintomas acima descritos e tem a qualidade de vida comprometida por causa desse crescimento benigno da próstata. Se as dificuldades para urinar são pequenas e o homem convive bem com elas, não se deve fazer nada. É possível prescrever uma medicação como a finasterida, que diminui um pouco o tamanho da próstata ou os bloqueadores, chamados alfa-adrenérgicos, que dilatam o canal da uretra.

Esses remédios ajudam de 50% a 60% dos doentes que passam a urinar e a viver melhor. Não existe ainda nenhum remédio que faça a glândula voltar às suas dimensões normais.

Quando o caso é mais grave e o prejuízo à qualidade de vida é muito grande, medicamentos não resolvem este problema. Nestes casos é necessário recorrer à cirurgia, feita pelo canal uretral.

O cirurgião introduz um aparelho pela uretra e abre esse canal no ponto que está sendo comprimido pela próstata aumentada. É importante esclarecer que este tipo de cirurgia da próstata não causa impotência sexual e, raríssimas vezes, leva à incontinência urinária.

Esta intervenção cirúrgica, realizada através da uretra, é reservada para próstatas de pequenas a médias dimensões, sendo que as maiores têm que ser abordadas através de incisões abdominais.




Alimentação saudável


Brócolis são capazes de diminuir risco de câncer de próstata. Estudo revela atuação positiva sobre fatores que contribuem para a evolução do tumor. Um estudo feito por cientistas britânicos mostrou que os brócolis têm atuação positiva na luta contra o câncer de próstata. O resultado da pesquisa é que o consumo regular do vegetal provoca modificações na atividade de certos genes associados ao desenvolvimento deste tipo de câncer.

Alguns estudos anteriores já sugeriam que uma dieta rica em vegetais crucíferos, como brócolis, couve-flor, repolho e agrião, podem reduzir o risco de câncer. Porém, a atuação de determinados alimentos ainda não tinha sido descoberta.

Agora, segundo os pesquisadores do Instituo de Pesquisas sobre Alimentos de Norwich, foi dada a largada rumo à comprovação prática de que os brócolis alteram a produção de proteínas chamadas de fatores de crescimento. Tais fatores de crescimento estimulam a divisão ou o desenvolvimento celular, que contribuem para a evolução do câncer.

A conclusão é resultado de um ano de estudo. Homens considerados como participantes de grupos de risco foram divididos em duas equipes: uma comeu 400 gramas de brócolis por semana e outra, 400 gramas semanais de ervilha, além de sua dieta habitual. Depois de seis meses, amostras de tecidos foram retiradas de suas próstatas a fim de medir a atividade de diversos genes.

No grupo de homens que consumiu brócolis, as amostras mostraram alterações na produção de fatores de crescimento, como o TGF beta 1 e o EGF, assim como da insulina. O hormônio também é associado à evolução do câncer de próstata e relacionado a outros tumores.

Para que as vantagens dos brócolis sobre o câncer se preservem, a nutricionista funcional Daniela Jobst, aconselha que sua cocção não ultrapasse 30 minutos e que não haja um exagero de água na hora do cozimento. O vapor garante a presença dos nutrientes, ensina a técnica ideal. Evite ainda aquecer o alimento no microondas, fala mais sobre a preservação de sua qualidade nutricional.

Destaca ainda que outros alimentos somam benefícios na prevenção do câncer. Tomate, melancia e goiaba, ricos em licopeno, combatem os tumores na próstata. Já o alho e a cebola são apontados como contribuintes para a diminuição do risco de câncer gástrico, por conterem sulfetos alílicos. Enquanto frutas e vegetais, em geral, além dos grãos integrais, reduzem o risco de câncer de cólon, devido às boas quantidades de fibras que oferecem.

Hoje em dia, sabe-se que o câncer é uma patologia altamente oxidativa. Todos os alimentos citados possuem fitoquímicos com ação antioxidante, ou seja, previnem ou retardam oxidações. Sobre o consumo ideal para garantir a proteção, é necessário um cardápio balanceado, com a presença diária de tais alimentos.




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